Mostra Artística saúda o sagrado em espetáculos e performances de artistas nacionais e internacionais
De 13 a 17 de novembro, a Sala do Coro do Teatro Castro Alves e praças públicas de Salvador serão palcos de espetáculos e performances que exploram a relação entre corpo, arte e sagrado, com apresentações que transitam entre a tradição e a contemporaneidade, o popular e o erudito.
Abrindo a Jornada, no dia 13 de novembro, às 17h, no Terreiro de Jesus, aberta ao público, a performance de abertura "O Cordão Vermelho" reúne um elenco de mais de 80 mulheres, incluindo o Contemporânea Ensemble, Negra Jhô, Toni Silva, Banda Didá e alunas da Escola Contemporânea de Dança. Com direção de Fatima Suarez e Lori Belilove, a obra celebra o poder feminino da maternidade, inspirada em obras de Isadora Duncan e na força dos orixás Iansã e Oxalá.
Na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, no dia 14 de novembro, às 20h, "AMI.LCAR", do coreógrafo Djam Neguin, utiliza tecnologia e movimento para narrar a vida e obra de Amílcar Cabral, em um diálogo entre o real e o virtual. Na mesma noite, "Ancestralidade em Movimento", com o Grupo de Dança Contemporânea da UFBA, celebra a cultura afro-brasileira em um espetáculo ritualístico. No dia 15, "AGNI" explora as nuances e a intensidade do elemento fogo, enquanto "NAC-HORUC" traz uma abordagem contemporânea sobre os desafios enfrentados pelos povos originários.
No dia 16, a Mostra INVEX – INVente EXperimente apresenta oito trabalhos de jovens coreógrafos, revelando a potência e a diversidade da nova geração da dança no Brasil. No dia 17, a Residência Artística Internacional, conduzida por Igor Meneses e Paula Pau, encerra a Mostra com a apresentação dos resultados da pesquisa sobre o luto coletivo e seu potencial político e catártico.
Mais cedo, às 17h, "SI-PÓ" será apresentada no Mirante da Vitória, com entrada franca. O artista amazonense Odacy Oliveira, do Corpocontemporâneo21 – CC21, traz uma performance que explora a relação do homem com a floresta. Através de movimentos que aludem à árvore, pintura corporal com carvão e argila, e a exploração de diferentes níveis no espaço, Odacy evoca o encantamento e a dor da relação entre homem e natureza.
Os ingressos para os espetáculos na Sala do Coro do TCA custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e podem ser adquiridos na plataforma Sympla e na bilheteria do teatro. A Jornada de Dança da Bahia reforça seu compromisso com a acessibilidade, oferecendo audiodescrição, intérprete de Libras e acesso para cadeirantes.
O CORDÃO VERMELHO
Com o mote "Meu Corpo é o Templo da Minha Arte", frase de Isadora Duncan, a 14ª Jornada de Dança da Bahia pede licença ao sagrado com a performance de abertura "O Cordão Vermelho", no dia 13 de novembro, quarta-feira, às 17h, no Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador, com acesso livre do público. "O Cordão Vermelho" tem direção de Fatima Suarez e Lori Belilove e conta com a participação do Contemporânea Ensemble, Negra Jhô, Toni Silva, Banda Didá e alunas(os) da Escola Contemporânea de Dança, reunidos em um elenco de mais de 80 mulheres para celebrar o poder feminino da maternidade. Inspirado nas obras “Mãe" e “Ave Maria”, de Isadora Duncan, e no poder dos orixás Iansã e Oxalá, "O Cordão Vermelho" abre os caminhos da Jornada em um local e horário sagrados e carregados de ancestralidade.
AMIL.CAR + ANCESTRALIDADE EM MOVIMENTO
A Mostra Artística da 14ª Jornada de Dança da Bahia apresenta no dia 14 de novembro, às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, dois espetáculos que exploram a força do corpo como templo da arte: "AMI.LCAR" e "Ancestralidade em Movimento".
Em "AMI.LCAR", o bailarino e coreógrafo cabo-verdiano Djam Neguin, conhecido por sua linguagem inovadora que fusiona dança, tecnologia e referências africanas, convida o público a mergulhar na vida e obra de Amílcar Cabral, uma das figuras mais importantes na luta contra o colonialismo português e pela independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde. Através de dispositivos multimídia e inteligência artificial, o espetáculo retrata a trajetória do líder e sua ideologia emancipatória, criando um diálogo entre o real e o virtual. Djam Neguin, que já se apresentou em palcos renomados internacionalmente, traz para a Jornada sua busca constante por novas formas de expressão e sua potente presença cênica.
"Ancestralidade em Movimento", por sua vez, é fruto da pesquisa da coreógrafa e professora da Escola de Dança da UFBA, Edileuza Santos, sobre as matrizes estéticas negro-africanas. O espetáculo apresentado pelo Grupo de Dança Contemporânea da UFBA foi concebido como um ritual que celebra o conceito de àse, costura dança, música, história e poesia para narrar a ancestralidade e a cultura afro-brasileira. Edileuza Santos, com sua vasta experiência na cena da dança baiana e seu compromisso com a formação de novos artistas, assina uma obra que reverencia a tradição e impulsiona a contemporaneidade.
Os ingressos para os espetáculos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e estão à venda na plataforma Sympla. O evento contará com recursos de acessibilidade como audiodescrição, intérprete de Libras e acesso para cadeirantes.
AGNI + NAC-HORUC
Na segunda noite da Mostra Artística da 14ª Jornada de Dança da Bahia na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, o público poderá viver duas intensas experiências: os espetáculos "AGNI" e "NAC-HORUC".
"AGNI", do Balé Jovem de Salvador (BA), propõe uma imersão no elemento fogo, explorando suas nuances e intensidade através de uma fusão de movimento, corpo, voz, música e luz. A obra promete levar o público a uma jornada ritualística que reacende a chama interior e convida à reflexão sobre a força transformadora presente em cada um de nós.
Em seguida, "NAC-HORUC", da Cia. de Dança Robson Correia (BA), nos transporta para o universo dos povos originários, abordando com uma linguagem contemporânea os desafios e as lutas enfrentadas pelas comunidades indígenas, como a questão do Marco Temporal. O espetáculo é um convite à reflexão sobre a importância da cultura indígena na formação da sociedade brasileira e a necessidade de preservação de seus territórios e tradições.
Os ingressos para os espetáculos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e estão à venda na plataforma Sympla. O evento contará com recursos de acessibilidade como audiodescrição, intérprete de Libras e acesso para cadeirantes.
MOSTRA INVEX - INVENTE EXPERIMENTE
A 14ª Jornada de Dança da Bahia abre espaço para a criatividade e o frescor da nova geração na Mostra INVEX – INVente EXperimente. No dia 16 de novembro, às 20h, a Sala do Coro do Teatro Castro Alves será palco de oito trabalhos coreográficos que revelam a potência e a diversidade da dança produzida por jovens artistas da dança.
Com o objetivo de fomentar a criação coreográfica e investigar as diversas possibilidades da linguagem da dança, a Mostra INVEX reúne trabalhos de jovens coreógrafos, professores e estudantes acima de 14 anos. O público poderá conferir criações nos mais diversos estilos, do ballet clássico ao contemporâneo, do jazz à dança moderna. Os artistas foram selecionados através de convocatória. Apresentam-se no INVEX:
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Cia. Tradições - “O BEIJO”
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M.V. Cia. de Dança - “Dogmas hierárquicos”
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Grupo Experimental de Jazz - “Macunaíma”
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Corpo de Baile Ballare Studio de Dança - “Caixa preta”
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Corpo de Baile Dina Cardozo Escola de Dança - “Indômita”
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Tatiana Francini (solo) - “Prelúdio”
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Cia. Corpoiesis - “Narrativas Femininas”
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Cia. BYLA - “Memórias de Cora”.
Os ingressos para os espetáculos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e estão à venda na plataforma Sympla. O evento contará com recursos de acessibilidade como audiodescrição, intérprete de Libras e acesso para cadeirantes.
SI-PÓ
Com entrada franca, o último dia da Mostra Artística da Jornada começa com SI-PÓ, concepção dos artistas amazonenses Odacy Oliveira e Valdemir Oliveira (Corpocontemporâneo21 – CC21). SI-PÓ é sobre um corpo que irrompe no espaço, procura alturas, aludindo à existência da árvore que pode ou não estar ali. O artista rasteja pelo chão que já foi floresta, espreitando ou se escondendo do predador. O trabalho traz o encantamento pela floresta e a dor pelas queimadas nos biomas brasileiros.
O performer Odacy Oliveira matiza as variações de cinza e vermelho na pele de seu corpo-manifesto, desenhando com carvão e argila em pó, reverenciando a ancestralidade de lugares hoje alterados. Deslocando-se em diferentes contextos, em estados de suspensão/conexão, o corpo propõe
um não-tempo, desacelerando o olhar para momentos de contemplação e “embrenhamento” nos sentidos da relação do homem com a floresta. Dirigido por Odacy Oliveira, o Corpocontemporâneo21-CC21 investiga e produz trabalhos através de processos híbridos de criação em performance, dança, videodança e pintura corporal. Atualmente investiga as relações do corpo e dos espaços naturais e urbanos.
RESULTADO DA RESIDÊNCIA ARTÍSTICA INTERNACIONAL "LUTO EM MOVIMENTO"
A 14ª Jornada de Dança da Bahia se encerra com uma experiência única: a apresentação dos resultados da Residência Artística Internacional, conduzida pelo bailarino e coreógrafo Igor Meneses (Brasil/Alemanha), em colaboração com a dançarina Paula Pau (Malásia/Alemanha). O espetáculo, fruto de um processo imersivo de investigação e criação, será apresentado no dia 17 de novembro, às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves.
Com o tema "Luto em Movimento: Resiliência, Memória e Identidade", a residência, que acontece de 13 a 17 de novembro no Museu de Arte da Bahia (MAB), reúne 20 artistas locais selecionados para explorar as diversas faces do luto e seu potencial político e catártico. A proposta, desenvolvida por Igor Meneses e Paula Pau, busca traçar paralelos entre o luto individual e coletivo e as contradições da herança religiosa e espiritual no contexto histórico colonial de Salvador.
Igor Meneses, bailarino e coreógrafo residente em Düsseldorf, Alemanha, possui formação em Dança Contemporânea pela Folkwang Universität der Künste e tem se destacado na cena europeia com trabalhos que investigam a intersecção entre corpo, tecnologia e questões socioculturais. Sua parceira criativa, Paula Pau, é uma dançarina malasiana com vasta experiência em dança contemporânea e improvisação, reconhecida por sua abordagem sensível e investigativa do movimento.
A apresentação na Sala do Coro do TCA promete ser um momento único de conexão e reflexão, onde o público poderá testemunhar o resultado da troca entre artistas locais e internacionais e mergulhar em uma experiência artística que explora as complexidades do luto e da memória coletiva.
Os ingressos para os espetáculos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e estão à venda na plataforma Sympla. O evento contará com recursos de acessibilidade como audiodescrição, intérprete de Libras e acesso para cadeirantes.